segunda-feira, 13 de outubro de 2014

50 dias!

Estou a 50 dias e 5.163,18 km longe de casa, o tempo parece que está voando e eu lembro como se fosse ontem meu ultimo dia no Brasil.
Odeio despedidas, corro delas e as vezes nem me despeço de algumas pessoas, não choro no aeroporto (morro de vergonha), e muito menos na minha festa de despedida. Não estou falando que isso é o melhor a fazer, acho que cada pessoa reage com o ato de ir embora de um jeito diferente, e o meu é esse, não chorar para não preocupar os outros, porque quando a gente chora as pessoas sentem pena e ninguém precisa sentir pena de mim, eu to morando na França!
A verdade é que eu também nunca sei o que sentir, eu morro de medo, o sentimento de felicidade por ter essa oportunidade é grande mas o de tristeza por ter que abrir mão da sua família, dos seus amigos, da sua casa e e dos seus animais de estimação pra isso também são. E apesar de já ter feito isso varias vezes e pretender continuar fazendo eu nunca vou me acostumar com essa despedida, porque cada lugar é diferente, cada pessoa é diferente e eu nunca vou saber realmente como vai ser.
Essa semana entro de férias, na França a cada dois meses de aula temos duas semanas de férias (Brasil querido, já pode adotar essa política), meu francês melhorou bem na minha opinião e semana passada eu fiz uma prova de historia igual a dos outros alunos, to me sentindo A poliglota! hahahaha.
A 50 dias na França acho que já posso dizer que passei pelo meu processo de inicialização: já peguei o ônibus errado o que na minha lingua quer dizer que eu oficialmente moro aqui. Para mim se perder com o ônibus é um ritual de passagem entra turista e local. Quando fiquei um tempo em Biarritz me perdi de cara no primeiro dia, na India consegui pegar o ônibus escolar errado (que tipo de genio faz isso?) e aqui, semana passada peguei o onibus errado voltando para casa, mas tudo se resolveu e eu cheguei em casa sã e salva, só um pouco molhada porque aqui começou a chover horrores.
Já passei também pelos momentos em que eu queria estar em casa, enrolada no meu edredom do Pequeno Principe ou da Miney, passando o recreio com as minhas amigas, vendo Law & Order com a minha mãe, ou nas festas dos finais de semanas. Quando eu passo por esse momentos depre sempre foco nas razões de eu estar aqui fazendo isso, um intercambio cultural para conhecer uma nova cultura, um lugar novo, fazer novos amigos que vão para a vida toda, sair da rotina, ficar fluente na lingua é um bônus.
Até agora só falei de coisa ruim, deixei o melhor para o final, prefiro assim. Na minha segunda semana de escola fui com mais três amigas fazer canoagem no rio Rhône, adorei, me diverti muito, adoro combinar esporte com lazer, mas no outro dia meu braço estava pedindo penico de tanto que eu remei. A comida na França é maravilhosa, e minha amiga Maite, uma intercambista do Chile, ainda me ensinou a fazer um pão chileno maravilhoso, tenho que tomar cuidado! E ontem, depois de comer muito, fui fazer Jacuzi na casa da minha prima, a vida anda difícil por aqui...

A bientôt, Vic




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